Os fósseis encontravam-se em uma residência próxima ao tanque que recentemente fora escavado (limpo) para o acumulo de água. Junto ao sedimento retirado do tanque aflorou material fóssil da megafauna pleistocênica.
O fato tornou-se notoriedade há cerca de um mês e, como a área esta inserida dentro dos limites do projeto de pesquisa - ATIVIDADES DE ARQUEOLOGIA E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA PARAÍBA – ESTUDOS DA TRADIÇÃO RUPESTRE ITACOATIARA (MEIA-CANA): SUB-TRADIÇÃO INGÁ? - que recebe financiamento do PROPESQ/UEPB, a equipe solicitou permissão do DNPM para realizar a atividade.
De acordo com os professores, o material que se encontrava acomodado em uma bacia de zinco numa residência próxima, mostrava-se bastante quebradiço e friável, fruto da retirada dos fósseis do seu ambiente natural. Ao serem expostos, o processo de oxidação é acelerado, levando o material a se deteriorar rapidamente. Outro problema observado no material fóssil foi o intenso processo de quebra, fruto de ação humana recente, ou seja, de manipulação indevida do material. Em outras palavras, a quebra do material coletado foi pós-deposicional. Tal atitude levou os professores a realizarem atividades de Educação Patrimonial para evitar mais danos ao patrimônio ali ainda existente.
A equipe está realizando um levantamento prévio do material que será encaminhado ao DNPM, bem como já fora identificado, ao menos, uma espécie animal que morreu no tanque: trata-se de uma preguiça gigante (Eremotherium). O fóssil utilizado para identificar o animal foi um Calcanho, que já se encontra em péssimo estado de conservação.
Todo o material encontra-se nas dependências do LABAP e será, nos próximos dias, higienizado e impermeabilizado, resguardando assim sua integridade.
Imagem: Lagoa dos Custódios, Sítio Torre, Ingá-PB
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