O salvamento paleontológico realizado recentemente pelos Professores Doutores Juvandi Santos e Márcio Mendes, autorizado pelo DNPM, já rendem bons frutos.
Já se sabe que ao menos duas espécies que viveram na região durante o Pleistoceno (entre 2 milhões de anos e 10 mil ano A.P.), morreram no tanque Pleistocênico da Torre: Preguiça Gigante (Eremotherium) e Tatu Gigante, possivelmente de um dos dois gêneros mais comuns do Brasil extintos até o final do Pleistoceno (Propraoupus ou Eutatus). A equipe chegou a essa conclusão ao analisar em laboratório o material fóssil, sendo encontrado em meio a mais de cinquenta ossos fossilizados e fragmentos, um calcanho que pertenceu a uma Preguiça Gigante e vários fragmentos fossilizados de carapaça do Tatu Gigante.
Essas informações, segundo o professor Juvandi Santos, são importantíssimas para traçar o perfil Paleoambiental da região durante o Pleistoceno Final, pois mostra-nos quais os animais da época e, a partir daí, percebe-se o ambiente da região como um todo, sendo assim, já se sabe que a área acaatingada de hoje, anterior há 10 mil anos, era constituída por mais gramínea e vegetação mais arborifera, pois esses animais viviam em áreas onde a alimentação fosse mais farta e não tão rara como no semiárido, especialmente nos períodos de seca, como ocorre atualmente.
Segundo o Prof. Juvandi Santos, ainda é muito cedo para se falar em contato homem/animais da Megafauna Pleistocênica no que hoje é a Paraíba, pois nenhum vestígio arqueológico foi encontrado que comprove cientificamente esse contato.
Fragmentos da carapaça do Tatu Gigante (Propraoupus ou Eutatus) |
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